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Campeão Brasileiro 2012



nome do jogo Fred
 resolveu condensar em um jogo todo o ótimo campeonato que faz. Marcou dois gols e levou Maurício Ramos a marcar contra. Acabou com a partida.

lance capital
Cavalieri Aos 30 minutos do 2º tempo, com o jogo empatado, Maurício Ramos mandou uma pancada, e Cavalieri espalmou. Pouco depois, o Flu fez mais um

Melhor ataque. Melhor defesa. Maior número de vitórias. Goleador do campeonato. E campeão. Quatro vezes campeão - tantas vezes campeão, como diz seu hino. A contagem regressiva do Fluminense terminou neste domingo, em Presidente Prudente, com a vitória de 3 a 2 sobre um Palmeiras agonizante, que cambaleia rumo à Série B. A supremacia foi tão grande, a campanha foi tão superior, que os tricolores se permitem o luxo de transformar em festa as três rodadas finais do Brasileirão.
Fred foi decisivo, destruidor. Fez dois gols e forçou Maurício Ramos, do Palmeiras, a marcar outro contra. De nada adiantaram os gols de Barcos e Patrick Vieira para o Verdão. O rebaixamento é iminente para os paulistas. O título é definitivo para os cariocas.

Estou muito feliz porque, depois de uma história de luta e sacrifício no clube, a gente vê uma equipe jogar com tanta dedicação desde a primeira partida, quando poupamos jogadores para a Libertadores - afirmou Fred, ainda em campo.

Com o resultado, o time do multicampeão Abel Braga foi a impressionantes 76 pontos. Tem dez a mais do que o Grêmio, que assumiu a vice-liderança ao bater o São Paulo. O Palmeiras, com 33, vive o inferno. É o 18º, sete abaixo do Bahia, o primeiro fora da linha da queda - e que joga neste domingo. 
E vale o clichê: parece que tem que ser sempre com um sofrimento danado, sempre com uma emoção desumana. O Fluminense abriu 2 a 0, cedeu o empate e fez mais um perto do final. O empate do Atlético-MG com o Vasco em São Januário não deixou ressalvas. Não há mais tempo, espaço, rodadas que tirem o título do Tricolor.

No próximo domingo, o Fluminense recebe o Cruzeiro às 17h, no Engenhão. No mesmo dia, o Palmeiras visita o Flamengo em Volta Redonda.
Fred nas alturas: atacante marca dois gols e tem 19 no nacional

A diferença é Fred

Se Fred tiver uma chance, até pode acontecer de perder. Se tiver uma segunda, vá lá, existe a chance de a bola não entrar. Mas uma terceira há de ser fatal. O primeiro tempo em Presidente Prudente parecia avisar que chegaria o momento em que o centro avante desequilibraria a balança da partida, bastante parelha. Pois chegou.

O camisa 9, tão decisivo ao longo de todo o campeonato, alcançou todas as variantes em sua luta pelo gol. Na primeira chance, viu Bruno espalmar; na segunda, observou a bola bater na trave; na terceira, finalmente celebrou.

Ele cheira a gol. Porque o natural seria que o passe matemático de Rafael Sobis, aos 45 minutos, já rendesse gol na conclusão de Wellington Nem. Mas não. Bruno espalmou. E Fred estava lá, munido desse ímã que parece ter nas chuteiras - sempre hipnotizando a bola na sua direção.

O gol foi precedido por forte equilíbrio das duas equipes - os mandantes perderam Henrique, que levou uma pancada de Bruno nas costelas. Se o Fluminense tinha Fred à espreita, o Palmeiras contava com Barcos sempre disposto a incomodar. De costas, acossado por Gum, ele conseguiu girar, mas concluiu para fora aos 18 minutos. Pouco depois, teve uma chance rara. Na pequena área, mal marcado, subiu livre. E cabeceou para fora.

A afobação do Palmeiras foi visível. No início do jogo, até conseguiu controlar o jogo, deixar a bola sob seu domínio - mas sempre acelerando as jogadas mais do que a partida pedia. No desespero, exagerou em jogadas aéreas. Tentou otimizar seus ataques, buscou atalhos, correu contra o relógio. Acabou tendo apenas 42% de posse nos 45 minutos iniciais e não mais que quatro finalizações. O Flu arriscou a gol dez vezes.

Cavalieri comemora título: goleiro foi outra vez fundamental

O sofrimento, sempre ele

Não poderia dar mais certo. Mal começava o segundo tempo em Presidente Prudente, e o Vasco alcançava o gol de empate com o Atlético-MG em São Januário. A combinação de resultados dava o título ao Fluminense. Não precisava de mais nada. Era só esperar o tempo passar, manter tudo como estava. Mas os tricolores queriam mais. E tiveram mais - para o bem e para o mal.

Fred, aquele que cheira a gol, aquele que tem ímãs que chamam bolas nas chuteiras, foi novamente decisivo - involuntariamente, mas foi. Aos oito minutos, ele se deslocou para a ponta direita e decidiu cruzar para a área, onde estava Sobis - que antes, em posição duvidosa, tivera um gol anulado. No meio do caminho, a bola desviou em Maurício Ramos e encobriu Bruno. Era o segundo gol. Era a mão na taça. Era o prenúncio do título.

Será? Faltava combinar com o Palmeiras. Por mais trôpego que estivesse, por maior que fosse o desespero alviverde, ainda havia vida no adversário. E havia Barcos. Após cobrança de escanteio, a bola ficou viva na área e rumou na direção do Pirata. Ele não perdoou. Renascia a esperança.

Eram 15 minutos. Quatro depois, o empate. Novo cruzamento da direita, novo cabeceio, desta vez de Patrick Vieira. E novo gol! Incrível: o 2 a 2 mudava tudo, tirava o título antecipado do Fluminense, renascia o Atlético-MG em São Januário, dava alento ao Palmeiras.

O gol revolucionou a partida. Com ele, o Alviverde resolveu se jogar de vez para o ataque. Passou a agredir o Fluminense, que ganhava espaço para o contra-ataque - em um deles, Marcos Júnior foi puxado, mas a arbitragem não marcou nada. Maurício Ramos, aos 30 minutos, só não virou a partida porque Diego Cavalieri fez defesa assombrosa.

O Fluminense seguia ameaçando. Fred teve uma chance. Não fez. Mas faria depois. Faria porque sempre faz, porque cheira a gol, porque tem ímãs nas chuteiras. Eram 43 minutos do segundo tempo. Jean, novamente gigantesco, cruzou da direita, e o centro avante fez.

Gol do Fluminense, gol do título, gol do campeão, do tetracampeão, do clube tantas vezes campeão. Gol da equipe que mais fez gols e que menos tomou. Gol da equipe de Diego Cavalieri, de Jean, de Gum, de Thiago Neves, de Abel Braga. E de Fred...

Já é Bi campeão Brasileiro pelo Fluminense

Obrigado, Fluzão! Nunca imaginava voltar ao meu país e viver tudo isso que estou vivendo! Agradeço a esse clube por me dar a oportunidade de viver momentos maravilhosos como esse! Vivi momentos difíceis, mas tudo está sendo recompensado! Parabéns, Dom Fredon, meu artilheiro, você merece!

 Parabéns, Abel! Parabéns a nós! Esse título é nosso! Tetra ninguém tira mais!


A inacreditável fórmula de disputa

Em tempos de pontos corridos, parece quase inacreditável que algum Brasileirão tenha sido disputado com o regulamento da edição de 1984. Os 40 participantes foram divididos na primeira fase em oito grupos de cinco.

Os três primeiros colocados de cada passaram para a fase seguinte, e os quartos colocados disputaram uma repescagem em jogo único, na casa do time de melhor campanha.

As 28 equipes classificadas se dividiram em sete chaves de quatro times. Seguiram em frente os dois primeiros de cada, o melhor terceiro colocado e o campeão da Segunda Divisão (Uberlândia).

Ainda há mais divisão em grupos. Os 16 sobreviventes foram divididos em quatro grupos - a essa altura, de P a S - com quatro times em cada. Classificaram-se os dois primeiros colocados de cada, e a partir daí disputaram-se fases eliminatórias até chegar à decisão.

E não houve rebaixamento.

FLUMINENSE NO BRASILEIRO DE 1984
 PRIMEIRA FASE
 29/01 Santos 1 x 1 Fluminense Washington
 01/02 Ferroviário-CE 0 x 0 Fluminense
 08/02 Fluminense 1 x 0 ABC-RN Assis
 11/02 Fluminense 1 x 0 Confiança-SE Assis
 19/02 Confiança 0 x 2 Fluminense Washington e Assis
 22/02 ABC 1 x 2 Fluminense Leomir e Washington
 26/02 Fluminense 0 x 1 Santos
 29/02 Fluminense 2 x 0 Ferroviário Wilsinho (2)
 SEGUNDA FASE
 11/03 Bahia 1 x 1 Fluminense Wilsinho
 14/03 Fluminense 3 x 0 Goiás Assis, Leomir e Washington
 18/03 São Paulo 0 x 2 Fluminense Washington e Rogério
 21/03 Fluminense 3 x 1 Bahia Leomir, Washington e Assis
 25/03 Fluminense 0 x 0 São Paulo
 01/04 Goiás 3 x 0 Fluminense
 TERCEIRA FASE
 07/04 Fluminense 1 x 0 Santo André Wilsinho
 11/04 Operário-MS 0 x 0 Fluminense
 15/04 Portuguesa-SP 0 x 1 Fluminense Delei
 18/04 Fluminense 2 x 0 Operário-MS Assis (2)
 21/04 Fluminense 4 x 2 Portuguesa Romerito (2), Tato e Wilsinho
 25/04 Santo André 1 x 1 Fluminense Delei
 QUARTAS-DE-FINAL
 29/04 Curitiba 2 x 2 Fluminense Washington e Romerito
 06/05 Fluminense 5 x 0 Curitiba Washington (2), Assis, Renê e Romerito
 SEMIFINAL
 13/05 Corinthians 0 x 2 Fluminense Assis e Tato
 20/05 Fluminense 0 x 0 Corinthians
 FINAL
 24/05 Vasco 0 x 1 Fluminense Romerito
 28/05 Fluminense 0 x 0 Vasco
4-4-2
  • GOLBRUNO
  • VOLWESLEY
  • ZADMAURÍCIO RAMOS
  • ZAEHENRIQUE
  • ZADADALBERTO ROMÁN
  • LAEJUNINHO
  • VOLJOÃO DENONI
  • VOLCORREA
  • VOLMARCOS ASSUNÇÃO
  • ATALUAN
  • MECPATRICK VIEIRA
  • ATAHERNÁN BARCOS
  • ATAOBINA
  • ATAMAIKON LEITE
TECGILSON KLEINA
4-3-3
  • GOLDIEGO CAVALIERI
  • LADBRUNO VIEIRA
  • VOLDIGUINHO
  • ZADGUM
  • ZAELEANDRO EUZÉBIO
  • LAECARLINHOS
  • VOLEDINHO
  • VOLJEAN
  • MECTHIAGO NEVES
  • ATARAFAEL SOBIS
  • VOLVALENCIA
  • ATAFRED
  • ATAWELLINGTON NEM
  • ATAMARCOS JUNIOR
TECABEL BRAGA