De "vilão" da má fase a salvador de um Fluminense que não ganhava havia quatro jogos, um deles pela Copa do Brasil. Fred protagonizou este paradoxo, com dois gols e uma assistência a Cícero, na goleada tricolor sobre o Sport por 4 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela 17ª rodada do Brasileirão. O resultado selou a paz com os torcedores (Foram 11.631 pagantes, com renda de R$ 227.210,00), que demonstraram inquietação e muita irritação nos últimos dias, alguns de facções organizadas, inclusive, realizando protestos. Ainda assim, os cariocas continuam fora do G-4: estão em quinto, com 29 pontos. A equipe pernambucana, por sua vez, manteve a sina de maus resultados fora de casa (não soma três pontos desde a nona rodada ao superar o Vitória), mesmo com a presença de duas das grandes contratações do ano: Diego Souza e Ibson.
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Na próxima rodada, o Fluminense viaja para São Paulo, onde encara o Corinthians, no domingo, às 16h (de Brasília). O Sport, por sua vez, recebe o Criciúma em casa, no mesmo dia e horário, em busca de uma recuperação para avançar mais posições na tabela - equipe pernambucana segue na parte intermediária da competição, em 8º. Antes, porém, atuam pela Copa Sul-Americana, ambos na quinta-feira. O Sport recebe o Vitória, na Ilha do Retiro, enquanto o Flu duela com o Goiás.
O jogo
O primeiro tempo da partida foi equilibrado em termos de estatísticas. A posse de bola se manteve quase igual, sem grandes variações, indo ao máximo de 52% para cada time. O mesmo com números de chutes a gol, passes errados, escanteios, bolas levantadas na área e afins. A grande diferença, nos primeiros 25 minutos, era a velocidade com que o Sport criava suas jogadas. Explorava uma zaga lenta do Fluminense e que, por muitas vezes, demorava a se reposicionar. Porém, pecou ao não acertar a pontaria e finalizar com mais qualidade. Teve sua grande chance aos 28, quando Felipe Azevedo chutou e foi prensado por Elivelton. Na sequência, Patric mandou a bola na trave.
Aí, o Sport acabou pagando por não marcar. O Tricolor se encaixou. Fred, especialmente, se reencontrou. Aos 34, serviu com muita qualidade Cícero, após roubada de bola. O volante abriu o placar. Aos 42, é ele mesmo quem marca. O atacante volta a fazer o seu após dois jogos (último tento havia sido na eliminação da Copa do Brasil, na derrota para o América-RN por 5 a 2). Cícero serviu Fred, que fez de cabeça.
Veio a tranquilidade para o segundo tempo. Ou a confiança, como Sobis afirmou ao fim da partida. Se o Sport buscava pressionar nos primeiros momentos, o Fluminense chegou com um balde de água fria. Logo aos 4 minutos, Conca fez o seu. O argentino, vice-artilheiro do time no ano com 11 gols, trabalhou com inteligência ao cobrar uma falta direto às traves de Magrão, surpreendendo o goleiro e os adversários.
Com o placar altamente desfavorável e sem demonstrar forças para conseguir invertê-lo, o Sport abusou dos lançamentos de longa distância, esperando um lampejo de sorte. Neto Baiano era o jogador buscado, porém, quase nunca encontrado. Antes de ser substituído, Fred ainda marcou mais um: o seu 13º no ano. Fechou o placar, encerrando a goleada. Ao deixar o gramado, foi aplaudido, mas ainda teve que ouvir vaias das facções organizadas, gerando tumulto na arquibancada. Ainda assim, foi o resultado de reencontro com a paz.
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